Do púlpito

Nos últimos anos tenho percebido como a mensagem que ouvimos em nossos púlpitos tem mudado e essa mudança quase em sua totalidade não me parece ser de grande proveito espiritual aos ouvintes, tem se criado uma disposição errada no coração e na mente daqueles que ouvem.

As mensagens normalmente circulam pelas vielas de que sua situação financeira é o fator determinante de seu relacionamento com Deus, de que se você não troca de carro a muito tempo ou se você não tem um carro é sinal de que um demônio tem amarrado seus caminhos e por ai vai, quando não caímos na questão dos super lideres que dizem que você tem de estar debaixo da “cobertura espiritual” deles e que se caso você não esteja você provavelmente vai estar em maldição ou vulnerável.

Queridos estamos na verdade em um meio evangélico totalmente idolatra onde cultuamos super lideres que são homens e mulheres intocáveis, mas que são “escolhidos especiais” do Pai, somos ensinados a levar para nossos lares rosas, molhos de trigo, pasta de figo, pães, fotos, arcas, terra, água, lenços com suor do pregador e chamamos a isso de “ fé evangélica”.

Temos cultos onde são gastos 90% tempo com petições de doações para a “obra” e se atrela a essa doação o poder de mudar tudo na vida financeira do doador, temos o momento onde somos ensinados a exigir de Deus nossos direitos, pois somos “mantenedores” da obra.

Preocupa-me esse modo como o evangelho esta sendo passado as pessoas cheio de mandingas, técnicas, maldições hereditária, shows de exorcismos, e petição de rios de dinheiros.

Precisamos voltar a pregação da bíblia, do verdadeiro ensinamento contido nela, precisamos da pregação que leve o homem não a reconhecer um líder, mas sim a reconhecer a Deus, precisamos de uma pregação não que mude a situação financeira do homem, mas que mude o caráter do homem.

Precisamos definitivamente deixar de ser SUPER PASTORES, APOSTOLOS, BISPOS E SERMOS MAIS “CARPINTEIROS DA GALILEIA”, homens menos preocupados em parecer ser algo que na verdade não são e voltarmos a ter como exemplo o Mestre que andava no meio do povo falava com eles e mostrava a eles que em Deus é possível se viver uma nova vida distante do pecado e próxima da vontade do Pai...

Ao doce Raboni