quarta-feira, 26 de agosto de 2009

João 5

Esse maravilhoso texto que esta registrado em João 5 nos trás profundas reflexões sobre o caráter humano e sobre como Jesus lida com essas situações onde a maior pobreza que existe não esta situada no exterior, mas sim no interior do homem.

O tanque de Betesda era um lugar procurado por muitas pessoas devido a uma lenda judaica que dizia que a um determinado tempo um anjo descia e agitava as águas do tanque e o primeiro que ali descesse era curado de todos os males que tivesse.
A principio o que mais chama a atenção é o fato latente de que nos manuscritos mais antigos a parte em que diz que o anjo descia nem aparece.
E que na maioria das bíblias esta parte se encontra entre parentes.
Assim sendo gostaria de considerar em primeiro lugar que o dialogo que Jesus estabelecesse com aquele homem paralitico é um dialogo de um pai que enxergou a total miséria do filho e eu quero dizer o porquê aquele homem naquele momento era apenas um miserável e como eu posso me tornar parecido com ele:

Ele era um miserável pelo fato de estar com sua mente e sua vida condicionada a uma lenda.

Aquele homem era paralitico certo, então no mínimo ele deve ter empreendido um esforço muito grande para poder estar naquele lugar, ele deve ter pedido a alguém que o leva-se até aquele tanque, pois ele acreditava piamente que ali estaria a cura de seu mal, pois bem quando Jesus o confronta a ser curado ele reponde a Jesus que não tinha ninguém que o pudesse colocar na água ou seja a visão daquele homem havia se condicionado a aquele tanque, mesmo esse homem tendo ciência de que aqueles que ali desciam nem sempre eram curados totalmente, pois segundo os melhores historiadores as curas de Betesda eram em sua maiorias curas parciais.
A miséria daquele homem era ter atrelado ao tanque sua cura e vida, eu me torno um miserável quando atribuo a qualquer item ou coisa palpável o poder de mudar e transformar minha vida, ou ainda quando credito a um rito ou lenda poder de gestão sobre minha vida.
Jesus perguntou ao homem se ele queria ser curado? E não se o homem queria ser jogado nas águas, Jesus enxergou que a miséria espiritual daquele homem era tão grande que a única coisa que ele via era o tanque.
Quando minha fé esta presa a um determinado pregador, culto, símbolo, musica, oração, ponto de contato (como os neo pentecostais gostam e dizer) eu me tornei um miserável espiritual e miserável no sentido de sem nenhuma outra perspectiva alem da técnica de se arrancar algo do divino.
Jesus mostra que não se existem técnicas para com Deus claramente quando Ele multiplica pão uma primeira vez, multiplica pão uma segunda vez e quando o povo se alvoroça esperando uma terceira multiplicação Ele declara vocês não vieram pela palavra que ouviste, mas sim pelo pão que comeste... e depois afirma EU SOU O PÃO e muitos vão embora e Ele incentiva também os discípulos a irem ou seja não se existe técnica ou mecanismo para se arrancar algo de Deus quem assim procede faz de Deus um ídolo e da fé uma rotina de encantamentos para se mover o sobrenatural.

Os costumes religiosos são extremamente preconceituosos e desprovidos de parâmetros

Se aquele homem tivesse sido posto por alguém no tanque e tivesse sido então curado ele não teria de levar o seu leito da mesma forma embora?
Ou seja, quando rompemos com a miséria que reside em nossa alma causamos um profundo desconforto naqueles que estão enfurnados com suas mente e corações em uma dimensão profunda da miséria espiritual!!!
Veja os judeus que ali estavam ficaram enfurecidos pelo fato daquele homem uma não ter sido curado no tanque, duas estar carregando seu próprio leito, três por ele não saber quem o curou. Jesus mostrou aquele homem que uma mente e alma curada rompe com o costume religioso veja era sábado e aquele homem calmamente recolheu o leito que por trinta e oito anos o acolheu e foi embora para recomeçar sua vida, pois após trinta e oitos anos aquele homem estava fora do mundo ele não tinha casa nem família isso fica claro quando ele diz a Jesus que não tinha quem o jogasse nas águas então após todo esse período podemos dizer que aquele alpendre de tanque era a casa dele pois a miséria o havia prendido ali, mas quando ele é liberto da miséria ele vai embora para onde sei lá, mas o passado e a miséria são deixados para trás a bíblia relata que aquele homem foi mais tarde para o templo afim de adorar quando você é liberto você passa a ter a oportunidade de realmente adorar.

Mas viver fora da miséria é uma opção

Aquele homem ouve de Jesus no templo que não pecasse para que nada de pior acontecesse a ele e sabe o que é realmente esse pior que Jesus falou? Esse pior é a condição de voltar a mesma miséria que se vivia anteriormente e posteriormente ser condenado para toda eternidade.
Aquele homem fez uma opção por entrar novamente de cara na miséria ao contar aos judeus (Judeus esses que nunca fizeram nada por ele no decorrer dos trinta e oito anos que ele ficou ali no chão) que fora Jesus que o curara.
Viver na miséria pode não ser uma escolha, mas voltar a viver nela sim ai é uma escolha uma opção.

O Relato da historia do paralitico de Betesda é o relato de alguém que saiu da miséria e que depois voltou para lá com suas próprias e curadas pernas.
Jesus lhe convida a ter uma nova mentalidade, mas isso só depende de você, se faz cada vez mais necessário que pensemos mais ao fazermos nossas escolhas para podermos viver uma vida não de miséria espiritual, mas sim de riqueza e novidade interior em Cristo Jesus...

Ao doce Raboni

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